14 de dezembro de 2011

Liminar proíbe Festa M.I.S.S.A. de usar objetos religiosos

A festa que tem gerado polêmica no Brasil, teve sua  edição na Zona Sul do Rio

A festa “Movimento dos Interessados em Sacudir Sua Alma”, mais conhecida como M.I.S.S.A., tem gerado polêmica por usar elementos característicos da fé católica na decoração e publicidade.Logo ao entrar na festa, os participantes são surpreendidos por anões fantasiados de demônio, padre e anjos, que dão as boas vindas aos convidados.

O DJ na maioria das vezes vestido de Cardeal, fica em uma mesa decorada de altar com objetos litúrgicos como cálice e velas.

Na festa também há o PAPArazzo, fotógrafo que vestido de Papa, tira fotos da festa, além dos adesivos verde(Peco) e vermelho (Não Peco) que são distribuídos.

O ataque aos objetos litúrgicos e a Celebração ápice da Fé Católica, revoltaram o povo na Internet.Várias campanhas no twitter foram criadas.

Por se aproximar do Natal, data do nascimento do menino Jesus, a festa recebe o nome de “M.I.S.S.A. do Galo”.

Segundo o artigo 208 do Código Penal Brasileiro, a prática seria considerada ultraje a culto religioso com pena  de um mês à um ano, ou multa.

Liminar proibe que festa utilize objetos regiosos 

O grupo católico Associação Arquidiocesana Tarde com Maria conseguiu uma liminar para impedir que os organizadores da festa M.I.S.S.A., prevista para ocorrer na noite de sexta-feira no Vivo Rio, fizessem brincadeiras com símbolos e roupas da Igreja Católica. A associação entrou com uma ação na Justiça e conseguiu, na noite de quarta-feira, no plantão judiciário, uma decisão favorável do desembargador Adolpho Andrade Mello. 

Pouco antes do início do evento, houve um acordo e os organizadores retiraram uma enorme cruz de LED instalada próximo ao DJ, que usaria uma roupa semelhante à de um padre. Os organizadores também cobriram a palavra “galo” que aparecia debaixo da sigla M.I.S.S.A. no cartaz de propaganda da festa, realizada há dois anos. De acordo com o advogado da organização, Renato Brito Neto, o evento não tem o objetivo de ofender a imagem da Igreja Católica. 

A festa já aconteceu em vários pontos do país e, por onde passou, causou revolta em grupos de fiéis católicos. 

O advogado Sérgio Bermudes, que representa a Associação Arquidiocesana Tarde com Maria, disse que a decisão de recorrer à Justiça foi tomada após ter sido divulgado que moças apareceriam vestidas de freiras e que o DJ usaria uma batina. 

No convite, havia outra referência à Igreja, com a seguinte inscrição: "Sem esse convite, nem o Papa entra”. Segundo o advogado, para a divulgação da festa, os organizadores fazem deboche com símbolos católicos: "M.I.S.S.A. também é lugar de cometer pecado” ou “Cansei de homem galinha. Por isso, todo domingo vou a à M.I.S.S.A.” 



— A liminar não proíbe a realização da festa, mas não poderão usar o material que lembre a indumentária litúrgica — explicou Bermudes

Atualizada através do Site do Jornal O Globo


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